sábado, 6 de novembro de 2010

Música e álcool

Reproduzo o texto de Maurício Tagliari, publicado no sítio Terra Magazine.

Que música e álcool formam uma dupla do barulho não é novidade pra ninguém. Só outro dia, porém, me dei conta das variantes etílico-estilísticas do cancioneiro mundial. Há toda uma escola de Irish songs voltadas para a nobre prática etílica. As canções de cervejaria também tem sua história entre os povos germânicos. Estas, como aquelas, são práticas culturais dos povos. Provavelmente com raízes muito antigas, bárbaras e greco-romanas. Imagino que deva ter havido algo parecido nas orgias de cauim perpetradas pelos ameríndios e descritas pelos primeiros viajantes europeus ao Novo Mundo. Manifestações espontâneas de alegria e celebração.

Mas, na chamada indústria cultural, a bebida também tem presença importante. Noto, empiricamente, uma transformação sincrônica aos costumes. Uma tendência à glorificação do porre. Mas nem sempre foi assim.

Basicamente, podemos dividir as canções populares em três ou quatro tipos. As mais tradicionais são canções tristes, da perda de um amor, de dor de cotovelo, etc. Depois, há canções festivas, que convocam à bebedeira, penso que herdeiras das mais tradicionais citadas acima. E finalmente as de elegia a uma bebida específica. Quase uma propaganda.

Dentre as últimas, podemos elencar clássicos como a instrumental Tequila, sucesso da banda The Champs, nos anos 50. Curiosamente, era o lado B de um 78 rpm, gravada apenas para preencher o espaço. Mas alcançou o topo das paradas com um riff de sax e uma voz rouca que dizia apenas "tequila" três vezes, nos breques, durante a faixa toda. Da música do lado A, Train to Nowhere, ninguém lembra mais.

Outra antiga, mais classuda, como convém à bebida, é Champagne, de Pepino de Capri, um sucesso dos anos 70. Este tema canta um amor proibido e beira o outro estilo, da dor de cotovelo, mas tem um final mais otimista, graças à espumante francesa: ma io, io devo festeggiare/la fine di un amore/cameriere champagne.... Ele bebe solitário, mas não completamente infeliz. Assim como não parece nada infeliz o blues de George Thorogood I Drink Alone, uma canção que não se encaixa bem nas classificações justamente por nem convidar ao consumo nem elogiar uma bebida em especial. Se contenta em afirmar I drink alone, yeah /With nobody else /You know when I drink alone /I prefer to be by myself. Menciona seu good buddy Wiser, seu pal Jack Daniel's e até seu partner Jimmy Beam.

Entre as que elegem uma certa bebida, infelizmente, não me ocorre uma boa canção sobre Dry Martini. Conheci, porém, recentemente, uma banda de folk metal da Finlândia chamada Korpiklaani, que toca uma obra-prima chamada Vodka. Este rock já entrou para o meu repertório. A letra, enorme, diz coisas como Vodka, you're feeling stronger/Vodka, no more feeling bad/Vodka, you are the real MAN/Vodka, wipes away your tears/Vodka, removes your fears/Vodka, everyone is gorgeous. E completa, prometendo pureza, that the vodka/We serve, is as pure as it was/Thousands of years ago. Pena não ter existido vodka milhares de anos atrás...


Dentre as canções tristes, existem aquelas do "beber para esquecer". O famoso reagge Red Red Wine diz literalmente Red, red wine /Go to my head /Make me forget that I /Still need her so. E o grande John Lee Hooker, quando sua garota parte, ordena urgente e peremptoriamente: One bourbon, one scotch, and one beer/Hey mister bartender come here/I want another drink and I want it now. São letras que não devem nada ao nosso Reginaldo Rossi e seu sucesso Garçom.

E com isso chegamos finalmente ao nosso terreiro. A assim chamada orgia foi o berço do samba e de grande parte do cancioneiro popular da Era de Ouro do Rádio. Noel, Ismael, Nelson, todos foram muito bons de copo. Nossa cachaça entrou na música pela porta da marchinha de carnaval.

As águas vão rolar, garrafa cheia eu não quero ver sobrar.

Um dos maiores sucessos de todos os tempos nos carnavais de salão é justamente Cachaça, de Mirabeau Pinheiro, um alfaiate de Niterói que criou também um outro clássico etílico: A Turma do Funil. Cachaça é a marchinha que adverte: Se você pensa que cachaça é água, cachaça não é água, não, mas se entrega ao final dizendo que pode me faltar tudo na vida...mas só não quero é que me falte, a danada da cachaça. O lado moralista e até altruísta também aparece no seu outro clássico quando ele diz Nós é que bebemos e eles que ficam tontos, morou /Eu bebo sem compromisso /É o meu dinheiro /Ninguém tem nada com isso.

A outra porta da cachaça foi a música caipira. Inezita Barroso e a impagável Moda da Pinga, de Ochelsis Laureano e Raul Torres, fizeram época. E a época eram os 50s. É uma afirmação do direito de beber e se divertir. São estrofes enfocando várias aspectos do consumo dos muitos tipos de aguardente. Coisas como: Pego o garrafão é já balanceio/Que é pra mode vê se tá mesmo cheio/Num bebo de vez por que acho feio/No primeiro gorpe chego inté no meio/No segundo trago é que eu desvazeio, oi lá!.

A Moda da Pinga inaugura, até onde sei, este orgulho etílico do excesso na música brasileira. O que antes era uma demonstração de independência, no caso de Mirabeau ou de fuga da triste realidade, nas canções tristes e boêmias, transforma-se numa declaração do direito de beber e ficar bêbado, pura e simplesmente.

A afirmação mais clara disso veio nos anos 70, em plena ditadura, com a superelegante, e apelidada "divina", Elizeth Cardoso, que cantou orgulhosamente, e foi duramente criticada, Eu bebo sim/Eu tô vivendo/Tem gente que não bebe/E tá morrendo. Este samba, pode-se dizer que foi um marco fundador que gerou filhotes muitos anos depois.

Hoje há toda uma nova onda de canções sobre bebida no Brasil. E todas com este caráter dionisíaco, mirando o excesso e não o consolo ou o prazer mais sofisticado. Talvez sejam reflexo de uma civilização mais individualista, centrada no aqui e agora. Mas isso fica para uma próxima coluna. Não necessariamente a próxima. Mas prometo desenvolver o assunto.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Clube Gourmet: a nova cozinha mineira em destaque


No Clube Gourmet,do Clube Mineiro da Cachaça, convidados especiais preparam sua receita, interagem com os amigos, trocam informações, experiências e dicas ligadas à culinária, sempre em um ambiente charmoso e acolhedor.
Os estreantes nas atividades do Clube Gourmet, no último dia 11, foram nossos amigos Carlson Pereira, Omar Fantonni e Giovanne Mendes (foto). Os três são amantes da culinária e alunos do IGA - Instituto Gastronômico, uma das maiores referências em capacitação gastronômica da América Latina. Eles prepararam e ensinaram a quem quis aprender, o “Lagarto Embutido com Arroz Biro Biro” e que tem a cachaça mineira como ingrediente. Muitos elogios ao trio por parte dos mais de 40 clientes que provaram a receita.
No próximo Clube Gourmet, no dia 10 de novembro, o professor Aguinaldo Maciel irá preparar sua receita preferida com a cachaça Coluninha. Breve mais informações neste Blog.

Vem aí o “Devotos da Cachaça”


“Atenda que o brasileiro é um devoto da cachaça, não um cachaceiro” A frase, encontrada no livro Prelúdio da Cachaça, do folclorista Luís da Câmara Cascudo, serve de mote para o documentário em média-metragem (45 min.) Devotos da Cachaça, uma celebração da bebida nacional brasileira.
O filme foca a profunda relação da cachaça com a alma brasileira, exemplificada pela penetração da bebida nacional na música, na literatura, nas artes plásticas e na religiosidade popular, do que é prova o Baile da Aguardente, auto recolhido do século XIX e remontado no documentário, com música original.
Organizado em torno de três grandes eixos – a história, a produção e a 'devoção' à bebida – Devotos da Cachaça, ao mesmo tempo em que festeja o líquido precioso, flagra o momento de valorização pelo qual ela vem passando nos anos mais recentes.
Passando por locais como Paraty e Miguel Pereira (RJ), Carangola e Salinas (MG), o documentário traça a rota do líquido que começou a ser produzido no século XVI e perfila produtores icônicos, como Osvaldo Santiago (Anísio Santiago/ Havana) e Antonio Rodrigues (Seleta), levando o espectador a um mergulho no universo vasto que envolve a produção da cachaça artesanal brasileira.
Devotos da Cachaça foi produzido por Lenir Costa, proprietária da cachaçaria Nó de Corda, na Barra da Tijuca, RJ, e tem roteiro e direção de Dirley Fernandes.
No próximo dia 30 de outubro o Clube Mineiro da Cachaça apresenta o filme-documentário “Devotos da Cachaça”, às 19 horas, em seu botequim, com a presença do diretor Dirley Fernandes.

Clube Mineiro da Cachaça
Rua Mármore, 373. Santa Tereza. BH. MG.
Info. e reservas:
(31) 2515-7149 – (31) 3468-3084 - (31) 9102-9405
Aprecie a vida radicalmente, mas beba com moderação!

Cachaça DJ conquista novos espaços


A cachaça mineira DJ, produzida no município de Divinópolis, vem, há cada dia, conquistando mais espaço no mercado brasileiro e internacional. Para quem ainda não sabe, a DJ foi agraciada com a Medalha de Prata no Concurso Mundial de Bruxelas - Edição Brasil 2008 e vencedora do Prêmio ABRE de design na categoria Bebidas Alcóolicas 2008 e Medalha de Ouro na Competição de Degustação do Ministério do Rum 2009 - Miami -Flórida.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

BH oficializa o Cachaçatur

Roteiro Gastronômico da Cachaça de Minas em Belo Horizonte será lançado oficialmente no próximo dia 13 de setembro

A cachaça é uma bebida brasileira por excelência. Um produto da inventividade e criatividade do povo brasileiro e que, ao longo dos quatro últimos séculos, marcou de forma indelével sua presença na língua, na música, na literatura, na culinária, na medicina, na religião, nas festas populares e no folclore. É parte indissociável do que se convencionou chamar brasilidade e, na política, esteve sempre identificada com os movimentos de emancipação e afirmação da nacionalidade: foi a bebida dos Inconfidentes, dos que lutaram pela Independência, dos Modernistas e, praticamente, de todas as manifestações patrióticas.
Cantada em prosa e verso por escritores, músicos e poetas, a cachaça fincou raízes no imaginário popular. É quase impossível falar do Brasil, seja o do sertão ou da cidade, seja o da colônia ou da modernidade, seja o do interior ou do litoral, seja o das periferias ou dos luxuosos condomínios fechados, sem se referir à secular bebida brasileira no decorrer da construção do país.
Com sua versatilidade, a cachaça é companheira de muitos lugares, de boas conversas e comidas, fonte de inspiração, remédio para muitos males. Restaura forças, ameniza tristezas, enfim, é a bebida que reflete a alma do povo brasileiro. Está presente desde o período colonial e é elemento constitutivo de nossa nacionalidade.
A relação de Minas Gerais com a cachaça vem desde o século dezoito. É sobre essa base histórica, econômica e social que repousa a liderança mineira na cachaça de alambique. Produto voltado para o mercado interno, baseado em pequenas unidades produtivas, em sua maioria de características familiares, dinâmica e resistente.
A relação entre a cachaça de alambique e o turismo é “umbilical”, e torna-se, a cada dia, mais evidente. “Cachaça é cultura engarrafada” e, como parte indissociável da vida brasileira, é mola mestra de ações capazes de identificar um Município ou Região, atrair visitantes, estimular setores afins e se fortalece ligada à indústria que mais cresce no mundo, a indústria do turismo.

O Cachaçatur tem por objetivo a criação e disponibilização de um roteiro gastronômico permanente para Belo Horizonte aliado à cachaça de alambique de Minas. Consiste na identificação, seleção e capacitação de bares e/ou restaurantes e lojas de Belo Horizonte que, além da culinária típica mineira e da culinária internacional, são capazes de oferecer aos clientes – em particular aos turistas – um serviço diferenciado na degustação da cachaça mineira de alambique de qualidade. Consiste também na identificação e seleção de produtores de cachaça de alambique de Minas Gerais com produtos disponíveis de forma permanente e ágil. E, ainda, na mobilização da rede hoteleira no sentido de apresentar a seus clientes um produto diferenciado, de qualidade na Capital Mineira.
O Cachaçatur é uma realização da Empresa Municipal de Turismo de Belo HorizonteS/A – BELOTUR, com o apoio das entidades do setor (Associação Mineira dos Produtores de Cachaça de Qualidade – AMPAQ; Federação Nacional das Associações dos Produtores de Cachaça de Alambique – FENACA; Cooperativa Central dos Produtores de Cachaça de Alambique de Minas Gerais – COOCEN/MG; Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Minas Gerais – ABRASEL/MG; Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Belo Horizonte e Região Metropolitana – SINDHORB; Serviço Nacional do Comércio de Minas Gerais – SENAC/MG; Clube Mineiro da Cachaça – CMC; Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Minas Gerais – ABIH/MG; Sindicato das Indústrias de Cerveja e Bebidas em Geral do Estado de Minas Gerais – SINDBEBIDAS).

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Cachaçatur

Cachaça para impulsionar o turismo


O Cachaçatur - roteiro da cachaça de Minas - será oficialmente lançado em Belo Horizonte. A idéia é de fortalecer ainda mais a vocação gastronômica e cultural da capital mineira.

Minas Gerais é líder na produção de cachaça de alambique. A tradição no consumo e na produção da bebida faz da capital do estado o principal polo aglutinador dos produtores e distribuidores para os mercados nacional e internacional.

São constatações como essas que motivaram a empresa de turismo de Belo Horizonte, a Belotur, com apoio de instituições ligadas à produção da bebida e ao turismo, a planejar o Projeto Cachaçatur – Roteiro da Cachaça de Minas.

O Projeto Cachaçatur consiste na seleção de bares e estabelecimentos especializados na comercialização da bebida para oferecer aos clientes, especialmente aos turistas, um serviço diferenciado na degustação da cachaça artesanal mineira.

A implementação do Cachaçatur está prevista para o próximo dia 19 de agosto. Após a consolidação do roteiro na capital, a idéia é estender a programação para as cidades do entorno da capital, situadas a um raio de 100 km. Em fase mais avançada, prevê-se a criação do Museu da Cachaça de Belo Horizonte.

A criação de roteiros consiste na integração e organização de atrativos dispersos entre si, conferindo-lhes realidade turística, o que pode contribuir para o aumento do número de turistas que visitam a região, bem como seu prazo de permanência nos destinos, prevê a Belotur.

Contribuição econômica

Além, de sua importância histórica e cultural, a cachaça de alambique desempenha papel significativo na economia brasileira. São cerca de 400 milhões de litros produzidos ao ano por mais de 30 mil produtores em todas as regiões do país, com a geração 300 mil empregos diretos, conforme atestam dados divulgados pelo setor.

Em Minas Gerais, são produzidos cerca de 250 milhões de litros por ano, por aproximadamente nove mil produtores que geram 90 mil empregos diretos. O estado é o único no Brasil a possuir uma legislação própria para a cachaça, a Lei da Cachaça de Minas, que estabelece o padrão de identidade e as características da bebida.

Além de ser consumida pura, com a cachaça também se obtém a caipirinha (um coquetel feito a partir da combinação cachaça, limão e açúcar), que se tornou a bebida preferida dos estrangeiros que visitam o Brasil e o drinque mais consumido na Europa, segundos os experts na comercialização da cachaça..

Curiosidades

A cachaça de alambique é um produto genuinamente brasileiro. Os primeiros registros de produção datam de 1.535.

O mais antigo alambique em funcionamento no Brasil fica em Minas Gerais. É dele a produção da cachaça Século XVIII. O alambique pertenceu à família de Tiradentes e continua funcionando na cidade de Coronel Xavier Chaves.

A Lei que estabelece normas especiais para a cachaça em Minas Gerais também determina o 21 de maio como o “Dia da Cachaça de Minas”.
(Fonte:BH online)

Curso Básico de Cachaça

O Curso de Cachaça Artesanal de Alambique do Clube Mineiro da Cachaça consiste em um mergulho no fantástico universo da principal bebida genuinamente brasileira. Propõe o conhecimento do produto enquanto esclarece sobre consumo responsável. Conheça a origem da cachaça, sua importância econômica, social e cultural, o mundo dos destilados, entre outros assuntos, e saiba como escolher e apreciar uma boa cachaça.

Atendendo ao anseio dos apreciadores de cachaça de alambique, o conteúdo do curso refletirá todas as etapas do processo produtivo do produto com adição de conhecimentos principalmente de ordem microbiológica, que visam possibilitar o melhor entendimento dos detalhes da produção. Serão 12 horas-aula de treinamento em que a teoria repassada será depois comprovada numa ação prática final, onde os alunos terão a oportunidade de degustar cachaças de qualidade puras, em forma de coquetéis e de um prato à base de cachaça.

Serão oferecidos aos participantes apostilas e todo o material necessários às aulas teóricas e prática, culminado com a diplomação dos mesmos desde que obedecido o critério de assiduidade mínima de 90% da carga horária.

As aulas serão ministradas por:

Paulo Eustáquio Ferreira - Farmaceutico, Bioquímico com especialização em Ciência de Alimentos. Exerceu por vários anos a função de pesquisador da Fundação Centro Tecnoloógico de Minas Gerais (CETEC), tendo exercido também as atividades de Coordenação do Setor de Tecnologia de Alimentos da instituição. Trabalha com a cachaça de alambique e Minas desde 1981, quando o CETEC executou o projeto MG2 de Assistência Tecnológica a Micro e Pequenos Produtores de Alimentos e Bebidas. Participou de todo o processo conduzido pela AMPAQ no Estado de Caracterização da Cachaça Mineira e subsidiou tecnicamente o movimento, possibilitando a implantação da Comissão de Auto Fiscalização (CAF) da entidade. É membro da Câmara Técnica da Cachaça de Minas, da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e cnsultor técnico da Federação Nacional das Associações dos Produtores de Cachaça de Alambique - FENACA.

Murilo Albernaz, jornalista, responsável pelo lançamento do primeiro jornal da AMPAQ em 1988, fundador e atual presidente da Federação Nacional das Associações dos Produtores de Cachaça de Alambique, fundador e presidente do Clube Mineiro da Cachaça, membro da Câmara Técnica da Cachaça de Minas, da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, executor do I Programa Setorial Integrado de Promoção de Exportações de Cachaça da Agência de Promoção das Exportações (APEX Brasil) de 2002 a 2006.





1 - Matéria Prima (cana de açúcar)

- Variedades

- Brix (conteúdo de sacarose)

- Corte (manual, sem queima)

- Transporte

- Armazenagem



2 - Moagem e obtenção do caldo

- Moagem propriamente dita

- Filtragem

- Recolhimento do caldo

- Diluição (água potável - microbiologia)



3 - Fermentação do caldo

3.1 - Preparo do fermento caipira

3.2 - Fermentação do mosto

- noções básicas de microbiologia

· Tempo médio de reprodução

· Temperatura

· Oxigênio

· Umidade

· Alimento

· PH

- Leveduras (fungo unicelular)

· Crescimento no mosto

· Produção de etanol

· Produção de outros compostos

- Fim da fermentação

· Curva de crescimento microbiano



4 - Destilação do mosto fermentado

- Aquecimento da bacia

- Destilação

- Corte das porções (início / término)

- Obtenção do destilado

- Armazenagem



5 - Produto final

- Descansado

- Amadurecido (envelhecido)



6 - Análise degustativa do produto

- Teste de apreciação




TEMPO DE DURAÇÃO DO CURSO



12 horas/aula

4 dias - 3 horas/dia

Curso teórico prático a ser ministrado para turmas de no máximo 15 alunos cada.


CUSTO



Valor da inscrição: R$ 220,00 (duzentos e vinte reais).


DATA:

SOB CONSULTA

LOCAL: Rua Mármore, 373 - Belo Horizonte - MG

APOIO:


Federação Nacional das Associações dos Produtores de Cachaça de Alambique - FENACA

Associação Mineira dos Produtores de Cachaça de Qualidade - AMPAQ


Contato: Marcylene

(31) - 3468-3084

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Salinas quer Indicação Geográfica

Pedido de IG para cachaça de Salinas conclui ano com interesse crescente

Os produtores de cachaça de Salinas, na região norte de Minas Gerais, entraram com pedido de Indicação Geográfica no INPI em 22 de dezembro de 2009. A região de Salinas é uma das maiores produtoras de cachaça do Brasil, reunindo cerca de 100 produtores, 50 marcas e mais de cinco milhões de litros a cada ano.
Como reflexo do trabalho feito pelo INPI para conscientizar o público sobre a importância da IG, a solicitação de Salinas foi a sexta de brasileiros no ano e, ao lado de dois processos de vinhos italianos em dezembro, completou o recorde de dez novos pedidos em 2009. Neste ano, além da participação em diversos eventos e palestras, o INPI realizou, de janeiro a junho, 130 atendimentos por telefone e 2.050por e-mail.
Para ampliar ainda mais este índice em 2010, o INPI investirá ainda mais na capacitação do público e em novas parcerias com entidades que possam dar suporte aos pedidos de IG. Entre elas, estão o IBGE, que auxiliaria na criação de mapas temáticos e de marcos das regiões; o Ministério da Pesca, que desenvolve projetos de IG na Amazônia; e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que tem duas possíveis IGs (as panelas de barro de Goiabeiras, no Espírito Santo, e a renda de Divina Pastora, em Sergipe) em seu Livro dos Saberes do Brasil.