domingo, 2 de outubro de 2011

Pilula antibebedeira

Estudo desenvolve pílula que deixa a pessoa sóbria

Cientistas tentam desenvolver uma pílula que é o sonho de qualquer pessoa que goste de beber. A ideia é criar um comprimido que mantém a pessoa sóbria, ou seja, ela bebe o quanto quiser, mas o efeito do álcool sobre as células do cérebro é mínimo.

Em testes feitos com camundongos, os roedores que receberam a droga não apresentaram nenhum sinal de desequilíbrio, a despeito de terem ingerido uma quantidade suficientes de álcool para fazê-los tropeçar e mesmo cair. O estudo, acreditam, abre caminho para um comprimido que impeça as pessoas de passarem por situações constrangedoras durante noitadas.

E pode ajudar pesquisas futuras a rastrearem a razão por que algumas pessoas começam a enrolar a língua depois de apenas uma taça de vinho, enquanto outras são capazes de beber a noite inteira sem demonstrar muitos sinais da bebedeira.

Os cientistas americanos e australianos que participaram da pesquisa centraram seu estudo na forma pela qual o álcool afeta as células glias, que compõem até 90% do cérebro. Elas têm um papel fundamental no sistema imunológico, ajudando a combater infecções como a meningite. Na pesquisa, foi revelado também que "desligar" essa resposta imune produz efeito significativo de impedir que o camundongo ficasse bêbado. O estudo foi publicado na "British Journal of Pharmacology".

Não apenas os reflexos dos animais se apresentaram muito melhores, como também eles tiveram mais facilidade para andar do que os camundongos cujas células imunológicas estavam funcionando normalmente.

O pesquisador Mark Hutchinson, da Universidade de Adelaide, na Austrália, afirmou:

- Um camundongo bêbado é muito parecido com um homem bêbado. Ele não consegue trabalhar sua coordenação motora com propriedade. Mas se você faz com que as células imunológicas parem de funcionar, os animais não ficam bêbados.

Fonte: O Globo (ciencia@oglobo.com.br)

terça-feira, 13 de setembro de 2011

13 de setembro, Dia Nacional da Cachaça

Em 1659, um decreto da Corte Real Portuguesa proibiu o comércio da cachaça e os portugueses apertaram o cerco aos produtores com ameaças de deportação, apreensão do produto e destruição dos alambiques. Em 1660, os produtores fluminenses lideraram uma rebelião e tomaram o governo da cidade. Era a Revolta da Cachaça, movimento que abriu caminho para a legalização da cachaça, que ocorreu em 13 de Setembro de 1661 também por ordem regia.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

As bebidas alcoólicas e o consumidor

Rizzatto Nunes
(do Terra Magazine)

Um assunto que foi bastante noticiado nas duas últimas semanas foi o do projeto de lei do governo do Estado de São Paulo, que visa punir com multas de até R$87.000,00 estabelecimentos que vendam, ofereçam, entreguem ou permitam o consumo, em suas dependências, de bebida com qualquer teor alcóolico para menores de 18 anos em todo o Estado. A multa dobrará em caso de reincidência e pode levar à perda da inscrição estadual do comerciante.

Antes de prosseguir, lembro que já é proibido vender, oferecer ou entregar bebida alcoólica a menores de 18 anos. A questão é outra: ela está ligada as medidas que tentam coibir o uso pernicioso desse tipo de bebida não só por menores como por adultos, mas que funcionam apenas como paliativo. Pergunto: não haveria outros modos mais eficazes de se combater esse vício? Pensemos no assunto.

Ninguém dúvida do mal que as bebidas alcoólicas fazem e, particularmente, nós consumeristas, temos combatido fortemente os anúncios publicitários que incentivam o consumo desse tipo de droga. Os malefícios causados, especialmente aos jovens, são enormes.

É evidente que não se pretende a proibição de fabricação das bebidas que contém álcool, mas está mais do que na hora de se utilizar entre nós os métodos modernos para restringir a aquisição de bebidas e que tem funcionado muito bem. É preciso, por exemplo, proibir a publicidade e limitar os pontos de venda. Em Estados americanos como Utah, os consumidores da Capital, Salt Lake City, somente podem comprar bebidas alcoólicas em lojas especializadas, nas quais só podem entrar maiores de 18 anos. Nos Supermercados, por exemplo, só se vende cerveja sem álcool. O mesmo se dá no Canadá. Em Vancouver, cidade que tem uma das melhores qualidades de vida do mundo, só é possível comprar bebidas nas "liquor stores" e, claro, também, lá só entram maiores de idade.

Pergunta-se: isso impede que as pessoas bebam? Claro que não, pois ainda se pode beber em casa depois de adquirir a bebida na loja especializada ou se pode beber num restaurante, numa boate etc, mas é proibido portar garrafas ou latas de bebidas alcoólicas abertas nas ruas ou nos automóveis.

A venda ampla e aberta feita por supermercados, mercearias, padarias e congêneres é um facilitador excessivo e implica um estímulo à compra e à ingestão. E, ao contrário, a venda circunscrita em locais específicos, especialmente autorizados e fiscalizados, dificulta em muito não só a compra como também a consequente ingestão de bebidas alcoólicas. Anoto que nesses locais o consumidor não compra por impulso. A aquisição da bebida alcoólica - qualquer que seja o tipo: vinhos, cervejas, destilados etc - exige do consumidor uma tomada de atitude, uma decisão de sair de casa para comprá-la. Ele tem de decidir antes. Já em supermercados, por exemplo, pode muito bem acontecer do consumidor ir comprar saladas e carnes e sair carregado de vinhos e cervejas. Afora o fato de que nesses estabelecimentos comerciais abertos ao público e encontrados em cada esquina, a possiblidade de que menores acabem adquirindo as bebidas seja enorme e mesmo que se obrigue o caixa a fazer um controle da idade do comprador, ainda assim um amigo maior de idade pode se passar por ele e fazer a compra. Enfim, a facilidade é evidente.

No Brasil, infelizmente, se pode comprar bebidas alcoólicas em todo e qualquer lugar abertamente e até via delivery. A leviandade por aqui é tamanha que em festas de adolescentes há pais que servem cervejas e outras bebidas mais fortes à vontade. O mesmo ocorre às vezes em buffets e clubes. E, no que respeita ao comerciante, este, como se sabe, quer vender. Se é permitido, ele faz. Veja-se o que acontece em volta das faculdades brasileiras. Meu amigo Walter Ego diz: "Pode-se definir um prédio de escola superior como um local feito para desenvolvimento de altos estudos, cercado de bares por todos os lados". E anoto que até mesmo dentro de algumas escolas a bebida alcóolica é vendida!

Temos, entre nós, a Lei 9294/96 que, com fundamento no parágrafo 4º do art. 220 da Constituição federal, proibiu a veiculação televisiva dos anúncios de produtos fumígenos, tais como cigarros, cigarrilhas, charutos etc. Falta fazer o mesmo com as bebidas alcoólicas.

Ademais, a publicidade de bebidas alcoólicas, de maneira geral, é sofrível e pode ser caracterizada como abusiva, conforme definição legal (art. 37, parágrafo 2º do Código de Defesa do Consumidor), na medida em que se utiliza de maneira bastante chula da imagem da mulher. As propagandas de cerveja são o melhor exemplo disso, aliás, parece mesmo que falta imaginação aos tão criativos publicitários brasileiros nesse setor: há anos eles só conseguem bater nessa mesma tecla surrada (que não deixa de ser vulgar e abusiva).

É certo que ao final de cada anúncio sempre aparece o aviso: "Beba com moderação". Mas, será que resolve? Sem poder me estender no assunto neste curto espaço, devo dizer que os estudos científicos da semiótica moderna demonstram que da maneira como são produzidos os anúncios, o aviso ao final não tem qualquer eficácia. Explico. O anúncio em si se traduz numa comunicação analógica de imagens agradáveis, sempre com gente bonita, sorridente, cantando, feliz e...bebendo, bebendo, bebendo. Ao final, não com imagens mas, com palavras, isto é, numa comunicação digital, surge a frase do aviso.

Acontece que, a comunicação analógica do anúncio é um código quente, forte de comunicação e atinge, em cheio, o público alvo. Ela encanta, seduz a plateia. O aviso em letras é um código frio, fraco. O mesmo público embevecido com o anúncio lê o aviso e não lhe dá a devida importância. Traduzindo: o aviso não funciona. Exatamente como ocorria com os anúncios de cigarro, onde ao final, após cenas de esporte ou luxo, surgia a frase:"O Ministério da Saúde adverte: fumar faz mal à saúde". Também não funcionava e, no caso, soava paradoxal: se o Ministério da Saúde sabe que faz mal, porque não toma providências mais eficazes? E tomou. Quero dizer, as autoridades tomaram. No caso do cigarro não só se proibiu os anúncios em rádio e tevê como se obrigou os fabricantes a mostrarem os danos que o cigarro causa em fotos (linguagem analógica) e não só em palavras.

Pois bem. No caso das bebidas alcoólicas falta muito. Sabe-se que a proibição relativa ao cigarro teve fundo econômico: o governo percebeu que era mais barato combater o vício do fumo que ficar gastando milhões nos hospitais com os fumantes doentes. Em relação à bebida alcoólica, ter-se-ia que fazer o mesmo. Claro que há o lobby dos fabricantes de bebidas a ser enfrentado e também o interesse dos veículos de comunicação, que faturam alto com os anúncios. Mas, se foi feito com o fumo existe a esperança de que possa ser feito também com as drogas alcoólicas.

É preciso, pois, coragem para a tomada de outras medidas como as sugeridas. Quanto ao aumento da restrição aos anúncios publicitários ou sua proibição, basta uma alteração na lei 9294 nesse sentido. Lembro, como dito, que a Constituição Federal assim o determina.

Não vejo também entrave a que se proíba a venda desse tipo de bebida em supermercados, mercearias, padarias e congêneres, limitando as vendas apenas a estabelecimentos autorizados e controlados e nos quais fique proibida a entrada de menores de dezoito anos.

Se um dia chegarmos a isso, teremos certamente um consumo mais consciente e menos nocivo de bebidas alcoólicas.

Rizzatto Nunes é mestre e doutor em Filosofia do Direito e livre-docente em Direito do Consumidor pela PUC/SP. É desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo. Autor de diversos livros, lançou recentemente "Superdicas para comprar bem e defender seus direitos de consumidor" (Editora Saraiva) e o romance "O abismo" (Editora da Praça).

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Japonesa compra controle da Schincariol por R$ 4 bilhões

A cervejaria japonesa Kirin acaba de confirmar no Japão a compra do controle da Schincariolpor R$ 4 bilhões.

Os japoneses compraram o controle da Aladre-Schinni, que pertencia aos irmãos Alexandree Adriano Schincariol.

A família brasileira, entretanto, permanecerá na operação da cervejaria.

A proposta da Kirin foi maior que a oferecida pela Heineken, que já estava em negociação para comprar a Schin, a s segunda maior fabricante de cervejas do Brasil.

A Kirin tem operações no Japão, China, Taiwan, Vietnã, Tailândia, Cingapura e Filipinas, além de negócios na Oceania.

Em 2010, o grupo vendeu US$ 28 bilhões.

Já a Schincariol tem 13 unidades de produção no País, com mais de 10 mil funcionários.

No ano passado, a companhia teve receita bruta de R$ 6 bilhões.

Estiveram envolvidos na operação Mattos Filho e BTG Pactual pelo lado da Schin e Tozzini Freire e Citi pela Kirin.

Do Portal IG

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Paella caipira do Serro com cachaça Boa Vista

No próximo dia 03 de agosto, quarta-feira, mais uma edição especial do Clube Gourmet. No Clube Mineiro da Cachaça você acompanha o resgate da tradicional culinária mineira e convive com convidados especiais que preparam sua receita, interagem com os amigos, trocam informações, experiências e dicas ligadas à arte da boa cozinha, sempre em um ambiente charmoso e acolhedor.

Julio Cruz

Julio Cruz é natural de Belo Horizonte com raízes fincadas na cidade do Serro em Minas Gerais, cidade de origem de sua família. Teve sua inicialização no mundo da culinária através do pai de um grande amigo de origem síria, Sami Ramiz Elian, recentemente falecido. Desde então passou por vários cursos e especializações, tendo tido oportunidade de trabalhar com alguns chefs mineiros. Atualmente tem trabalhado preferencialmente com carnes e paellas, mas sempre pesquisando e desenvolvendo novas receitas e sabores.

Sérgio Bandeira
Nascido em Almenara, Minas Gerais, cidade incrustrada no Vale do Jequitinhonha, atua em Belo Horizonte como analista de sistemas. Como todo bom almenarense, se acostumou com os temperos e sabores do Vale. Seu gosto pela culinária surgiu na juventude, mas foi há poucos anos que se tornou mais atuante sob a tutela do chef Julio Cruz.

Paella Caipira
Prato onde se utiliza uma paella (panela espanhola do mesmo nome das famosas paellas criadas no século XV na região da Valencia, no norte da Espanha). Nela se utiliza ingredientes nobres como carnes de cordeiro, coelho, frango, porco, além de bacon, paio, calabresa, arroz e legumes tradicionais flambados na cachaça. Como tempero desse prato é utilizada uma mistura exótica de ervas selecionadas com açafrão. A finalização é feita com uma cobertura de queijo do Serro e ervas.

Clube Mineiro da Cachaça
Rua Mármore, 373. Santa Tereza. BH. MG.
Informações e reservas:
(31) 2515-7149 – (31) 3468-3084 - (31) 9102-9405

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Clube Gourmet

Carne de lata da Serra do Caraça, com tutu, arroz de brócolis e cachaça
No próximo dia 27 de julho, quarta-feira, mais uma edição do Clube Gourmet. No Clube Mineiro da Cachaça você acompanha o resgate da tradicional culinária mineira e convive com convidados especiais que preparam sua receita, interagem com os amigos, trocam informações, experiências e dicas ligadas à arte da boa cozinha, sempre em um ambiente charmoso e acolhedor.

Pedro Henrique da Costa e Silva
Natural de Belo Horizonte, Pedro Henrique é um dos 29 filhos de Enos e Cemy da Costa e Silva e que, no correr do tempo, se fincaram pelas regiões de Santa Bárbara, Viçosa, Caraça, Catas Altas, Ponte Nova, e muitos outros rincões desta nossa Minas Gerais. Pedro Henrique se tornou Chef pelo aprendizado em cozinhas famosas no país, mas, principalmente, por herança de família: foi de sua avó Zulmira, em antiga fazenda colonial, que herdou a habilidade de transformar os alimentos em raros objetos de desejo, como, por exemplo, a arte de colocar o “porco na lata”.

Carne de Lata
Um clássico da culinária mineira inspirada na cultura européia (portuguesa e francesa): o pernil de porco é cozido em fogo lento e conservado na própria gordura. E desta vez, acompanhado do arroz de brócolis e do tutu de feijão, vai estar no ponto para ativar de forma surpreendente o apetite do mais exigente paladar.
Venha fazer parte dessa turma. O prato custa apenas R$ 12,00 e você ainda saboreia, gratuitamente, a cachaça de qualidade. Reserve sua mesa, porque as vagas são limitadas.

Caraça
Trecho da Serra do Espinhaço localizado nos municípios de Catas Altas e Santa Bárbara que dá nome ao antigo colégio Caraça, por onde passaram importantes personalidades da história brasileira. Hoje o Caraça é uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), que abrange toda a região. Vale a pena conhecer!

Clube Mineiro da Cachaça

Rua Mármore, 373. Santa Tereza. BH. MG.
Informações e reservas:
(31) 2515-7149 – (31) 3468-3084 - (31) 9102-9405
Aprecie a vida radicalmente, mas beba com moderação!

quinta-feira, 30 de junho de 2011

MinasCachaça 2011

Congresso de Cachaça debate Tecnologia e Sustentabilidade

O I Congresso Mineiro da Cachaça reunirá, em Belo Horizonte/MG, cerca de 200 pesquisadores, professores e demais profissionais do setor para debater, durante dois dias, temas de relevância para a indústria da cachaça.

Marcado para os dias 30 de junho e 0l de julho próximo, o congresso objetiva uma ampla discussão sobre aspectos diversificados e relevantes sobre a cachaça, que vão, do respeito ao meio ambiente e ao trabalhador, à padronização e às boas práticas de fabricação, passando pelo controle de qualidade e pela inserção do produto no mercado internacional.

Dentre os principais eixos temáticos que serão debatidos e discutidos no congresso, menciona-se os seguintes:
. matéria prima, respeito ao meio ambiente, respeito ao trabalhador,
responsabilidade social e benefícios para
o produtor;
. sustentabilidade da cadeia produtiva, padronização, cooperativismo;
. análise sensorial, controle de qualidade, destilação, padronização e boas
práticas de fabricação;
. tributação em todos os níveis e incentivos às indústrias.
As palestras terão temas como:
. A cachaça sob o enfoque do marketing
. Marcadores bioquímicos para cabeça, coração e cauda
. Envelhecimento e retorta de tonéis
. Automação industrial na fabricação de cachaça
. Controle de qualidade
.Contaminante da cachaça
. Mercado externo
. Diferenciação : Cachaça de alambique e de coluna
. Estudos com impacto no desenvolvimento tecnológico da cachaça: resultados
da parceria UFOP-IFNMG
(Salinas)
. Microbiologia da fermentação da cachaça
. Produção, qualidade química e sensorial de cachaça

Paralelamente ao congresso, será realizada a MinasCachaça 2011 – I Feira Nacional de Produtores, Equipamentos, Produtos, Tecnologia e Serviços para a Indústria da Cachaça -, que promoverá a interface entre produtores de cachaça, fabricantes de equipamentos e insumos diversos, disponibilizadores de tecnologia e a cadeia distributiva do atacado e do varejo.

Ambos os eventos são promovidos pela Associação Mineira de Produtores de Cachaça de Qualidade - AMPAQ, atendendo a um antigo apelo dos produtores ainda saudosos dos primeiros eventos promovidos pela entidade na Serraria Souza Pinto, um espaço nobre, charmoso e localizado na área central da capital mineira.

O congresso terá dois dias de realização (30 de junho e 0l de julho), com palestras pela manhã e à tarde, feitas por pesquisadores, professores, especialistas e empresários em marketing, engenharia e consultoria.

Já a feira se realizará de 30 de junho a 02 de julho. De 14 às 18 horas, será dedicada apenas a empresários para um contato direto com os produtores, visando a geração de negócios, intercâmbio, parcerias e o conhecimento do que há de mais novo no mercado. Neste horário, só entram pessoas convidadas pelo universo de expositores.

De 18 às 22 horas, a MinasCachaça 2011 será aberta ao público mediante a aquisição de ingressos (valor: R$ 15,00) na bilheteria da Serraria Souza Pinto. Para animar a festa, a partir das 19 horas, haverá música ao vivo, sendo, no dia 30-junho, quinta-feira, o Trio Gandaieira, de forró; no dia 0l-julho, sexta-feira, a banda de samba “Três no Junta”, e, no dia 02, sábado, o conjunto de gafieira “Três por Quatro”.

Promovida pela Associação Mineira de Produtores de Cachaça de Qualidade - AMPAQ, a MinasCachaça é organizada pela Central de Eventos e Promoções e tem os seguintes apoios : Associação dos Distribuidores de Bebidas do Estado de São Paulo (Adibe), Federação Nacional das Associações dos Produtores de Cachaça de Alambique (Fenaca), Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac), Mercado Central de Belo Horizonte, Sindicato das Indústrias de Cerveja e Bebidas em Geral do Estado de Minas Gerais (Sindbebidas), Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Belo Horizonte e Região Metropolitana (Sindhorb) e Sistema Ocemg-Sescoop/MG. O patrocínio é da revista Istoé.

Bate Papo Destilado

Encontros mensais pela sustentabilidade do bairro Santa Tereza

- Fernanda Pedrosa Lima, arquiteta, urbanista, apresenta dados históricos e culturais sobre o bairro Santa Tereza.

- Rita Margarete, Secretária de Administração Regional Leste.

Você está convidado

Dia 05 de julho – terça-feira – de 19:00 h às 21:00 h.

Clube Mineiro da Cachaça
Rua Mármore, 373. Santa Tereza. BH. MG.
Informações e reservas:
(31) 2515-7149 – (31) 3468-3084 - (31) 9102-9405

sábado, 11 de junho de 2011

Verde Viva Santa Tereza

Está prevista para o próximo dia 05 de julho, terça feira, a primeira reunião do fórum ambiental do bairro Santa Tereza, em Belo Horizonte, nas dependências do Clube Mineiro da Cachaça. O fórum, que desenvolve o projeto "Verde Viva Santa Tereza - Destilando Conversa", irá tratar de forma permanente de ações que possam contribuir para a melhoria da qualidade de vida do bairro, particularmente nos aspectos que tratam do desenvolvimento sustentável.

Comércio justo deve focar mercado interno

Seminário Internacional reuniu agricultores familiares, pequenos produtores de frutas e representantes de entidades públicas e privadas

O desafio atual dos empreendedores e entidades apoiadoras do fair trade – palavra em inglês para comércio justo e solidário - é conquistar os consumidores do mercado interno. Esse tipo de negócio é constituído por pequenos produtores de frutas, castanhas de caju, mel, café, cacau, algodão, açúcar, artesanato, cachaça, entre outros.

O tema foi abordado no III Seminário Internacional do Comércio Justo, realizado nesta quarta, dia 8, no Hotel Villa Oeste, em Mossoró (RN). Cerca de 120 pessoas, entre agricultores familiares, pequenos produtores de frutas e representantes de entidades públicas e privadas participaram do evento. O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o Sebrae, o Comitê Executivo de Fitossanidade (Coex) e a Universidade Federal Rural do Semi-árido (Ufersa) são os realizadores do seminário.

– Precisamos fazer com que o mercado nacional se torne comprador dos produtos do comércio justo – declarou João Hélio Cavalcanti, diretor-técnico do Sebrae no Rio Grande do Norte.

O nicho de mercado lá fora foi reduzido em decorrência da crise do mercado europeu, que está comprando menos.
Haroldo Mendonça, coordenador geral do Comércio Justo e Solidário do MTE, chamou a atenção para a necessidade das políticas públicas focarem toda a cadeia produtiva e não apenas a produção.

– Temos de olhar para quem produz, comercializa e consome – alertou.

Ele apresentou o Sistema Nacional de Comércio Justo e Solidário (SNCJS), lançado pelo presidente Lula por meio de decreto em novembro passado, que apontou a existência de cerca de 22 mil empreendimentos de CJS no país. O segmento tem potencial para abrigar 30 mil organizações coletivas integradas por pequenos produtores agrícolas, número que equivale a dois milhões de indivíduos.

AGÊNCIA SEBRAE

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Cana e efeito estufa

Estudo desenvolvido no Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA), da USP, comprova por meio de um modelo matemático denominado Century, que manter a palhada - restos da cana que ficam no solo após a colheita - aumenta significativamente a fixação de carbono na terra.

O trabalho também confirma que a colheita mecanizada da cana-de-açúcar diminui a emissão de gás carbônico para a atmosfera, atenuando o efeito estufa.

Os dados para o estudo foram obtidos pelo pesquisador Marcelo Valadares Galdos, atualmente no Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE), de duas formas distintas.

A primeira, por meio da coleta de amostras de solo em locais de colheita com queimada e de colheita mecanizada a partir da cronossequência, que consiste na retirada de amostras distintas do solo que possam demonstrar as diferenças ocasionadas pelo tempo.

E, a outra, por informações do Instituto de Pesquisa da Cana-de-açúcar da África do Sul sobre solos com até 60 anos consecutivos de colheita sem queima.

A partir disto, utilizando-se o modelo matemático Century, desenvolvido pela Universidade do Estado do Colorado (EUA), adaptado para a análise de dados de solos de plantações de cana-de-açúcar, foi possível prever cenários futuros para estas regiões.

Modelo computacional
Galdos explica que o procedimento dele e de outros pesquisadores foi "calibrar e validar um modelo computacional com dados de plantações da África do Sul e das cidades de Goiana (Pernambuco), Timbaúba (Pernambuco) e Pradópolis (São Paulo), para simular fluxos de carbono e nutrientes entre o solo, a planta e a atmosfera."

Em Pradópolis, por exemplo, a manutenção da palhada no solo aumentou a fixação de carbono em 1.200 quilogramas por hectare por ano.

O professor Carlos Cerri, do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA) da USP, em Piracicaba, que também participou da pesquisa, diz que "a quantidade de carbono que será fixada no solo depende do tipo de solo, do clima, do manejo da cultura, da forma da colheita, entre outros fatores. O solo argiloso, por exemplo, consegue fixar muito mais carbono do que o solo arenoso. Assim, como a fixação do carbono em lugares de climas frios é bem melhor do que em locais de climas quentes, onde a decomposição ocorre mais rapidamente."

A colheita mecanizada propicia a manutenção da palhada sobre o solo. Galdos complementa que "durante o processo de decomposição desse material, parte do carbono fica incorporada ao solo. Esse processo é conhecido como 'sequestro de carbono'. Sua importância reside no fato de representar uma diminuição significativa no resultado do cálculo do 'rastro de carbono' do etanol".

Queimadas versus mecanização
A cana-de-açúcar, durante a fotossíntese, processo de obtenção de energia da planta, retira gás carbônico do ar.

O gás carbônico é transformado pela planta em compostos orgânicos que são incorporados pelas raízes, colmo (caule da cana) e folhas.

Quando a colheita é feita por meio da queimada das folhas, o carbono presente nos compostos orgânicos vai direto para a atmosfera em forma de gás carbônico, como produto da combustão.

Em contrapartida, quando a cana é colhida mecanicamente sem queima, parte do carbono não volta para a atmosfera e é fixado no solo.

Etanol ou gasolina

Segundo o pesquisador, a vantagem de colheitas mecanizadas faz com que "plantações de cana-de-açúcar destinadas à produção de etanol tornem este biocombustível duplamente mais benéfico do que a gasolina porque o gás carbônico liberado na combustão do etanol é o mesmo consumido durante a fotossíntese da cana. Na combustão da gasolina esta reciclagem não ocorre."

O estudo foi contemplado com o 2º Prêmio Top Etanol, na categoria Trabalho Acadêmico. O artigo resultante do estudo, publicado na Soil Science Society of America Journal, é parte da tese de doutorado do agrônomo Marcelo Valadares Galdos que foi defendida na Esalq e orientada pelo professor Carlos Cerri do CENA.

Também participaram do estudo, Keith Paustian, da Universidade do Estado do Colorado, Rianto Van Antwerpen, do Instituto de Pesquisa da Cana-de-açúcar da África do Sul, e Carlos Eduardo Cerri, da Esalq.

Sandra O. Monteiro - Agência USP
Publicado no site Inovação Tecnológica

Música e cachaça também aos domingos

A partir desta semana o Clube Mineiro da Cachaça abre suas portas também aos domingos. No próximo dia 12 - dia consagrado aos namorados - o Clube contará com a presença de Serginho Marques, intérprete brilhante da Música Popular Brasileira.
Com muitos anos de estrada, em palcos de teatro ou ao ar livre, em bares ou casas noturnas, Sergio Marques acumulou três patrimônios consideráveis: um repertório vasto, que passa por várias fases da MPB e atende a todos os gostos; domínio da platéia e uma legião de amigos-admiradores entre alguns dos mais reputados artistas da música brasileira, como Vander Lee, Chico Amaral, Henrique Portugal, Samuel Rosa, Beto Lopes, Wilson Sideral e Toninho Horta. Ex-vocalistas das bandas Lombinho com Cachaça e B’jala, Sergio Marques desenvolve um sólido trabalho solo como intérprete e participa de projetos como o Bantuquerê.
O Clube Mineiro da Cachaça estará aberto todos os domingos, a partir das 17 horas, na Rua Mármore, 373 - bairro Santa Tereza - Belo Horizonte - MG.

Minas Cachaça

Acontece do dia 30 de junho a 02 de julho, em Belo Horizonte, a I Minas Cachaça, Feira Nacional de Produtores, Equipamentos, Produtos, Tecnologia e Serviços para a indústria da Cachaça em Minas Gerais. A feira, promovida pela Associação Mineira dos Produtores de Cachaça de Qualidade - AMPAQ - já comercializou cerca de 95% dos estandes postos à venda e será realizada em conjunto com o I Congresso Mineiro da Cachaça.
Local: Serraria Sousa Pinto, em Belo Horizonte.
Horário de funcionamento: de 14 às 18 horas (somente convidados) e a partir das 18 até as 22 horas (aberta ao público).
Mais informações: Ampaq – Tel: (31) 3421-4040
ampaq@ampaq.com.br
Central de Eventos: Tel. (31) 3241-4040 – 2526-1002
contato@fariavasconcelos.com.br – lmftv@fariavasconcelos.com.br

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Produtores de alimentos orgânicos recebem treinamento para Copa do Mundo

Expectativa é de que haja um aumento da demanda por esses produtos durante o evento que vai trazer pessoas de mundo tododurante o evento que vai trazer pessoas do mundo todo

Minas Gerais e mais 11 Estados brasileiros estão preparando os produtores de alimentos orgânicos para que o setor tenha condições de atender às exigências de um público com hábitos de consumo diferenciado no período da Copa de 2014. A expectativa é de que haja um aumento da demanda por esses produtos durante o evento esportivo, que vai trazer pessoas de todas as partes do mundo, inclusive, de países onde o consumo de orgânicos já está consolidado.

Em Minas, existem aproximadamente 12 mil propriedades que se dedicam à atividade, mas apenas 641 possuem algum tipo de certificação. Segundo a assessora técnica da Superintendência de Segurança Alimentar e Apoio à Agricultura Familiar da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Thyara Rocha Ribeiro, a Copa do Mundo é uma oportunidade não só para a divulgação do setor, como também para melhorar o nível de informação e o uso de tecnologias junto aos produtores.

– Para se obter o selo de certificação, o produtor precisa seguir exigências tecnológicas e socioambientais, mas esse é o único caminho para se agregar valor à produção e conquistar credibilidade entre os consumidores – afirma.

Palestras e cursos vêm sendo realizados nas cidades-sede e regiões metropolitanas dos Estados que receberão os jogos da Copa do Mundo. Seapa, Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural(Emater-MG) e Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) estão mobilizando os produtores para a “Caravana Copa Orgânica”, um ciclo itinerante de cursos e palestras.

Em Minas, as aulas serão realizadas no período de 4 a 6 de abril, com treinamentos programados nos municípios de Belo Horizonte, Jaboticatubas, Brumadinho e Betim. As palestras e temas estão divididos de acordo com o público-alvo (empresários, consumidores e produtores). O evento é uma realização do Instituto BioSistêmico, uma instituição do terceiro setor que promove o desenvolvimento sustentável.

Mais informações sobre os locais e a programação podem ser obtidas pelo site da Caravana Copa Orgânica.

Terça Devassa

Agora, toda terça, aqui no Clube Mineiro da Cachaça, tem a “Terça Devassa”. Lilian Machado coordena a diversão com muita Devassa Gelada a preço promocional e música da melhor qualidade.
Mas as atrações não param por aí: a cada duas cervejas que você consumir, nossas promotoras vão disputar com você, no dado, mais uma por conta da Casa. Não fique fora dessa!
Clube Mineiro da Cachaça
Rua Mármore, 373. Santa Tereza. BH. MG.
Informações e reservas:
(31) 2515-7149 – (31) 3468-3084 - (31) 9102-9405

A regionalização das cervejas

Reproduzo matéria publicada no Estadâo de 04/11

Cervejarias reforçam regionalização
Gaúchos elegem a Polar, paulistas preferem Skol, enquanto que o Rio bebe Antarctica e adota Itaipava. Schincariol domina o Nordeste

Vender cerveja está cada vez mais "científico". A ciência cervejeira leva em consideração o poder aquisitivo e as variações de temperatura. Mas também, cada vez mais, as grandes fábricas traçam planos estratégicos para não desperdiçar nenhum centavo em vendas e distribuição mal dirigida. Com isso, o processo de comercialização regional por marcas ganha força.

Os fabricantes se apoiam no "espírito de torcida" que o consumo da bebida desenvolveu nos últimos anos. Algo cultivado pelas mensagens publicitárias, que construíram um fervor na linha do devotado ao time de futebol. Diante disso, em vez de gastar rios de dinheiro em propaganda para tentar promover adesão às suas marcas, as empresas estão reforçando as preferências regionais.


No Sul do País, por exemplo, a marca do coração é a Polar, do portfólio da Ambev, a cervejaria líder no Brasil com 68% de participação de mercado. Aproveitando que a Polar é a queridinha dos gaúchos, a empresa puxa o preço em comparação às outras marcas. Com isso, garante boa rentabilidade e mantém o clima de exclusividade em torno no rótulo.

"Se a Polar sair do Rio Grande do Sul, vamos matar a marca", avalia Thiago Zanettini, gerente de Polar e Antarctica da Ambev. "O gaúcho tem características muito peculiares de consumo e valoriza o produto local. Vendemos a Polar em redutos mais badalados e, por isso, o preço fica acima da média do mercado".

A tática de garantir rentabilidade apostando na preferência do consumidor por região de consumo, faz com que as cervejarias mapeiem a distribuição. As marcas menos cotadas só desembarcam em determinadas regiões para a desova de estoques e, quase sempre, são comercializadas a preços de liquidação.

A fonte estratégica de informações para a ação de vendas são os dados de pesquisa. A se considerar os três maiores mercados no Brasil por valor - Grande São Paulo, interior do Estado de São Paulo e Rio de Janeiro - as preferências são distintas. Na embalagem clássica, que é a garrafa de 600 ml, pelos dados Nielsen referentes à janeiro deste ano, os paulistanos dão liderança à Skol, uma marca que já foi a preferida dos cariocas. Já a turma do interior do Estado escolhe a Brahma. No Rio, a líder com mais de 10 pontos porcentuais à frente da segunda colocada é a Antarctica.

As três marcas são do portfólio da Ambev. O que surpreende é o avanço contínuo da Cervejaria Petrópolis, dona da marca Itaipava. No interior de São Paulo, a empresa aparece em terceiro lugar com a popular marca Crystal, que detém quase 15% das vendas totais. No Rio, aparece também em terceiro, mas com mais de 18% de participação, encostando na Skol, que hoje detém 20% das vendas nessa região.

"A disputa nas vendas de cerveja é mais por microrregião", garante Douglas Costa, diretor de marketing da Petrópolis. "Nós não estamos no Nordeste. Então, conosco, a briga se dá por mercado no Sudeste e Centro-oeste, onde estão nossas maiores fábricas. Cada concorrente tem comunicação específica para atrair a torcida no seu mercado preferencial. Esse cuidado interfere na lucratividade do negócio. Entre São Paulo e Rio, por exemplo, a diferença de preço pode chegar a 20%."

Até mesmo os holandeses da megacervejaria Heineken, que acabaram de chegar ao mercado com a compra da Cervejaria Kaiser há um ano, a tática de atuação, ainda não divulgada, deve ser regionalizada. A marca Bavaria vem tendo distribuição concentrada no interior de São Paulo. "As vendas são cada vez mais feitas por perfil de consumidor, e a Bavaria atende ao universo sertanejo. Toda a sua comunicação vai nessa direção", explica Paulo Macedo, diretor de relações corporativas da Heineken.

A marca que dá nome ao megagrupo global deve seguir voltada ao segmento premium, ou seja, o das cervejas mais caras graças ao grande valor agregado da marca Heineken. Aliás, no Brasil, assim como a empresa fez em outros países onde adquiriu operações, a companhia trouxe um especialista para ajustar o portfólio de marcas e definir como trabalhá-lo. "Vender marcas desejadas é levado a sério na empresa", diz Macedo.

OfertaA inglesa SABMiller, segunda maior cervejaria do mundo, estuda oferta para comprar a brasileira Schincariol, avaliada em US$ 2 bilhões, informou ontem o Sunday Times. A holandesa Heineken também estaria interessada.

Marili Ribeiro - O Estado de S.Paulo

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

O ambicioso plano da cachaça

Reproduzo matéria publicada no jornal Estado de Minas, de 16/02/2011

Governo de MG promete ressuscitar programa para ampliar produção artesanal em 45%. Baixar imposto, reforçar marketing e criar centro de pesquisa estão entre medidas estudadas
Paulo Henrique Lobato

Adormecido há quatro anos, o Pró-Cachaça será ressuscitado pelo governo de Minas, que deseja associar a tradicional bebida artesanal, criada na época do Brasil colônia, ao nome do estado, a exemplo do uísque escocês, da vodca russa, do champanhe francês e da tequila mexicana. O primeiro passo será a nomeação dos 22 integrantes do conselho gestor do programa, o que ocorrerá em março. Algumas medidas já foram definidas e serão implantadas nos próximos quatro anos: marketing agressivo para divulgar a branquinha nos mercados externos e interno, conseguir a indicação geográfica (IG) do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) – o título confere ao produto uma espécie de identidade, tornando-o mais confiável – e criar a primeira unidade estadual de pesquisa voltada para inovações e outras melhorias no setor. Outra medida é possibilidade da redução, de 12% para 8,4%, da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

A promessa de reativação do Pró-Cachaça anima os fabricantes artesanais. A expectativa da Associação Mineira dos Produtores de Cachaça de Qualidade (Ampaq) é expandir a produção anual em 45,8%, de 240 milhões de litros para 350 milhões, depois de as medidas serem implantadas. A produção nacional artesanal soma 400 milhões, mas, quando levado em conta a aguardente industrializada, o volume chega a 1,3 bilhão. “Minas Gerais é responsável por 60% da cachaça de alambique. Somos 9 mil produtores, dos quais 900 são formais. O setor tem 45 mil empregos diretos. Se o governador cumprir o que está na página 62 do seu plano de governo (revitalizar o Pró-Cachaça), vamos agregar números melhores”, avalia Alexandre Wagner da Silva, presidente da entidade.

Ele elogia a estratégia do governo em associar a bebida ao estado, mas alerta que o sucesso do programa também depende da revisão dos impostos, pois, apesar de Minas responder por 60% do mercado nacional de aguardente artesanal, a cachaça industrializada – a maioria é fabricada em São Paulo e no Ceará – ainda domina o comércio brasileiro. “Uma das metas é tentar, junto aos governos estadual e federal, a redução das alíquotas. Pretendemos abaixar (o ICMS) para 8,4%. Ainda é uma proposta”, antecipa Thiara Ribeiro, secretária executiva do programa, acrescentando que uma das consequências do Pró-Cachaça deve ser a migração de produtores informais para a formalidade.

Também aumentará a produção da tradicional bebida, usada por Dom Pedro I (1798/1834) para brindar o grito às margens do Ipiranga, em 7 de setembro de 1822. “Foi um desafio à bagaceira portuguesa, bebida feita com o bagaço da uva. Por muitos anos, (a coroa lusitana) proibiu a fabricação da cachaça brasileira (feita com a cana-de-açúcar)”, conta o apreciador da branquinha Murilo Albernaz, de 62 anos, dono do Clube Mineiro da Cachaça, no Bairro Santa Tereza, na Região Leste. O estabelecimento dele tem a maior variedade de marcas de aguardente do país: “São 1,2 mil rótulos diferentes e 4 mil garrafas”.

Uma delas é a legítima Havana, fabricada em Salinas, no Norte de Minas. A garrafa de 750 ml, que fica exposta num oratório, sai a R$ 450, quase cinco vezes mais que a embalagem de um uísque de boa qualidade negociada nos supermercados da capital. “A dose pode ser degustada a R$ 45”, divulga Albernaz que vende uma embalagem a cada dois meses. Já as duas marcas produzidas pelo presidente da Ampaq – Água da Bica e Sonhadora, ambas fabricadas em Brumadinho, na região metropolitana, custam bem menos.

No entanto ele projeta bons negócios após a revitalização do Pró-Cachaça: “A produção da Água Limpa, que hoje é de 80 mil litros por ano, deve saltar para 100 mil. A da Sonhadora, feita para mulheres, passará de 50 mil para 80 mil”. Seu Ailton Fernandes, dono da Meia Lua, de Salinas, no Norte de Minas, também torce para o sucesso do programa. Parte de sua produção é voltada para o mercado dos Estados Unidos. Ele espera aumentar a parcela de exportação.

“Estou no mercado desde 1988. Minha produção atual é de 40 mil litros por ano. Vendo para todos os estados brasileiros, e a expectativa é ampliar a produção, caso o programa dê certo”, diz o fabricante, escondendo quanto fatura com o mercado externo. Nesse concorrido setor, o segredo é uma das causas do sucesso.

Lobosó de São Roque de Minas com Cachaça Vale Verde

Hoje, 16 de fevereiro, mais uma edição do Clube Gourmet, do Clube Mineiro da Cachaça. Aqui você acompanha o resgate da tradicional culinária mineira e convive com convidados especiais que preparam sua receita, interagem com os amigos, trocam informações, experiências e dicas ligadas à culinária, sempre em um ambiente charmoso e acolhedor.

Antônio RabeloNeto de família tradicional de São Roque de Minas – Serra da Canastra - nasceu em Piumhi e foi criado em São Roque por sua avó, a Dona Losa, onde viveu entre o fogão e o forno a lenha de onde saíam quitandas e pratos deliciosos. Como um bom mineiro, interessou-se pela gastronomia das Minas Gerais e em junho de 1989 inaugurou o Zagaia, um pequeno bar que, após alguns anos de sucesso, tornou-se uma referência cultural.
Ao mudar-se para Belo Horizonte Toninho trouxe consigo o prazer pela culinária. Ingressou na Faculdade Estácio de Sá, cursou Gastronomia e sempre prepara para os amigos o Lobosó.

LobosóPrato típico da região da Serra da Canastra, onde a gente do lugar colhia em meio a roças de milho, abobrinhas novinhas, jilós e taiobas que eram cozidas com pedaços de queijo canastra e misturadas com farinha de milho em biju. Servido sempre com azeite, queijo canastra ralado, cebolinha, salsinha e um toque de pimenta passarinho (Cumari), desta vez o Lobosó é acompanhado pelo lombo de porco com um molho prá lá de especial e que tem como um dos principais ingredientes a cachaça Vale Verde.
Venha fazer parte dessa turma. O prato custa apenas R$ 12,00 e você ainda saboreia, gratuitamente, a cachaça de qualidade. Reserve sua mesa, porque as vagas são limitadas.


São Roque de MinasCom população de cerca de 7 mil habitantes, é uma das principais entradas do Parque Nacional da Serra da Canastra. Tem várias atrações naturais, com destaque para a Nascente do Rio São Francisco e sua primeira queda, a Cachoeira de Casca Danta, a Cachoeira do Cerradão, com mais de 110 metros de queda. Outras atrações são a Cachoeiras Antônio Ricardo e o Poço das Orquídeas. A vida econômica do município se baseia, há mais de um século, na produção do queijo Canastra. A segunda maior atividade em importância é a cafeicultura, cuja área de plantio cresceu muito nos últimos dois anos.
.

E tem mais: toda terça, no Clube Mineiro da Cachaça, acontece a "Terça Devassa".
Lilian Machado coordena a diversão com muita Devassa Gelada a preço promocional e música da melhor qualidade.
Mas as atrações não param por aí: a cada duas cervejas que você consumir, nossas promotoras vão disputar com você, no dado, mais uma por conta da Casa. Não fique fora dessa!


Clube Mineiro da Cachaça
Rua Mármore, 373. Santa Tereza. BH. MG.
Informações e reservas:
(31) 2515-7149 – (31) 3468-3084 - (31) 9102-9405
Aprecie a vida radicalmente, mas beba com moderação!

Movidos a álcool

Verão na Bahia é sinônimo de muito pagode e axé. Os ensaios de Psirico, Harmonia, Jau, Brown, Parangolé, entre outros, tomam conta da capital Salvador e região. Mas se você não quer ralar a tcheca no chão, há sempre uma opção. Venha sofrer, amar, beber até cair e curtir o som irreverente do rock brega da banda Movidos a Álcool, no próximo dia 18 de fevereiro (sexta-feira).

Neste dia, todos os caminhos nos levam ao Let's Go, em Vilas do Atlântico, Lauro de Freitas. A partir das 22h, Waldick Soriano e Raul Seixas serão encarnados na voz inconfundível do musicalmente sóbrio Eduardo Cachaça. Na guitarra, Belvis Seixas. No baixo, Willy Haendel. A bateria é domada por Tico Malibú. Os teclados de Fabrício Biron dão o toque mais brega ao grupo. Tudo isso e você só paga R$ 10. Metade pelo rock e a outra pelo brega.

O convite está feito. A galera da Movidos a Álcool te espera para biritar ao som do melhor rock brega desse verão. No show, sucessos da banda, como 'Sônia Louca' e 'Vou Morar no Brega', se misturam com clássicos da música popular brasileira. 'A Raposa e as Uvas' e 'Garçom' estão mais do que certas no repertório.

Histórico e estilo
Fundada em 2001 pelo vocalista Eduardo Cachaça e pelo guitarrista Belvis Seixas, a Movidos celebra a união do rock com o brega. As influências vão de Odair José a Camisa de Vênus. Não há limites para criatividade. O grupo esbanja irreverência também no figurino colorido e florido. Ou melhor, brega. A turma da banda acompanha a galera e birita durante a apresentação. Combustível que já vem no nome. No show, músicas inteligentes falam de mulheres, traições, histórias e dores de amor, boemia e causos de mesa de bar. Tudo isso é um oferecimento da Manguaça Records, selo criado pela própria banda, que já vendeu mais de dois mil discos.

Serviço
Quando: dia 18 de fevereiro de 2011 (sexta-feira)
Onde: Let's Go, Vilas do Atlântico (Lauro de Freitas)
Horário: A partir das 22h
Entrada: R$ 10
Mais informações: http://www.facebook.com/l/7727eY_LY8-jkmiBiVZ6fFQ7WnA;www.movidosaalcool.com.br

Cachaça Havana disputa marca com fabricante de rum

Reproduzo matéria publicada pelo Pró-Cachaça, de Minas Gerais.

Belo Horizonte - Uma das disputas sobre marcas de maior repercussão no País completou dez anos sem perspectivas de um acordo. A briga que opõe uma fabricante internacional de rum e a família que produz a mais famosa aguardente artesanal mineira foi parar nos tribunais depois que, em 31 de janeiro de 2001, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) arquivou o pedido de registro da cachaça Havana.
A decisão obrigou a pequena indústria de aguardente a alterar o nome nos rótulos, já que a marca havia sido registrada pela Havana Club Holding S/A, do rum Havana Club. Em outubro de 2005, os herdeiros de Anísio Santiago - que em 1943 iniciou a produção da cachaça Havana, na fazenda de mesmo nome, localizada na Serra dos Bois, em Salinas, no norte de Minas - conseguiram reaver o nome por meio de liminar, mas agora lutam para ter a marca em definitivo.
“Está fazendo dez anos, a gente esperava que já tivesse uma solução”, reclama João Ramos, genro de Anísio Santiago, que morreu em dezembro de 2002, aos 90 anos. Segundo familiares, ele faleceu extremamente desgostoso com a perda da marca, tanto que pediu que colocassem fogo em todos os rótulos da Havana.
Na tentativa de conseguir reverter a decisão do Inpi, herdeiros de Anísio pediram ajuda a políticos do Estado. No início do governo Lula, o ex-vice-presidente José Alencar - cuja família também é produtora de cachaça - encaminhou carta à direção do instituto. No ano passado, Ramos fez um apelo à então candidata Dilma Rousseff quando, durante a campanha, ela visitou Montes Claros, cidade vizinha a Salinas.
No fim de 2010, ele participou de uma audiência em Brasília com o ex-ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge. “A gente tem buscado apoios, mas tem sido uma luta inglória. Por que outros países defendem os seus produtos, a França defende seus vinhos, seus queijos, e nós não defendemos a nossa cachaça?”, questiona.
A liminar concedida pela Comarca do município à Indústria e Comércio de Aguardentes Havana foi confirmada pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais. O processo de dez volumes foi remetido em 2008 para a 8.ª Vara Federal de Belo Horizonte e aguarda sentença desde junho. Figuram como réus o Inpi e a Havana Club Holding.
Em tempo(nota do Blog):o rum Havana Clube pertence à multinacional de origem francesa Pernod Ricard.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Rótulos de Cachaça em Mostra

Exposição "Caprichosamente Engarrafada: Rótulos de Cachaça", fica em cartaz a partir desta semana no Instituto Tomie Ohtake (zona oeste de São Paulo.Acesse: http://guia.folha.com.br/exposicoes/ult10048u872402.shtml

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Tributos afetam a produção da cachaça em Minas

A produção de cachaça em Minas Gerais ficou estagnada em 2010. O Estado, que produz cerca de 60% da bebida artesanal do país, tem a competitividade reduzida pelo excesso de impostos incidentes sobre a cachaça de alambique. A manutenção dos resultados se deve ao desestímulo dos produtores que questionam a alta taxação dos produtos e limitam os investimentos na expansão dos alambiques.

Além de enfrentarem a estagnação, os produtores também estão perdendo espaços nos supermercados, isso devido à alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incidente na cachaça mineira comprometer a competitividade frente às bebidas industrializadas. A expectativa é que o novo governo estadual interfira no setor reduzindo, pelo menos, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), que hoje tem alíquota de 12%.

Segundo o presidente da Associação Mineira dos Produtores de Cachaça de Qualidade (Ampaq), Alexandre Wagner da Silva, investir na abertura e legalização de alambiques em Minas Gerais tornou-se praticamente inviável. Além da alta tributação cobrada das empresas regulamentadas e da vigilância acirrada, a concorrência com os alambiques irregulares são os principais entraves para a expansão do segmento. Os impostos podem representar até 80% do valor final de comercialização do produto.

De acordo com Silva, somente o IPI representa cerca de 30% do preço médio do litro de cachaça artesanal. O valor cobrado varia entre R$ 2,50 e R$ 3 dependendo da qualidade do produto, região e tipo de embalagem. Enquanto esse produto é sobretaxado, a cachaça industrial paga entre R$ 0,15 e R$ 0,20 por litro.

Modelo falho - Outro questionamento do presidente da Ampaq é em relação á forma de cobrança, já que em todo o mundo a alíquota depende do percentual alcoólico da bebida e no Brasil é definida pelo volume embalado. "O governo federal precisa rever a cobrança do IPI para o produto artesanal. A forma mais correta é avaliando o teor alcoólico. O atual modelo além de comprometer a geração de lucro estimula a produção de cachaça artesanal clandestina", explicou Silva.

Segundo a Ampaq, o Estado responde por 60% da produção de cachaça artesanal do país, possuindo cerca de 9 mil produtores. Desse montante, menos de 10% dos alambiques é legalizado.


Os principais motivos atribuídos ao alto nível de clandestinidade são a cobrança de impostos e a fiscalização acirrada sobre as empresas regulamentadas.

"O produtor que investe na legalização dos negócios, nos processos produtivos e na qualidade e apresentação da cachaça artesanal acaba sendo penalizado com um volume expressivo de impostos e uma fiscalização forte, o que retira a competitividade do setor se comparado com as bebidas industrializadas e as empresas clandestinas", disse Silva.

A produção de cachaça artesanal no Estado está estagnada há três anos. Em 2010 foram produzidos 240 milhões de litros da bebida. O preço médio de comercialização de uma garrafa de 700 ml do produto é de R$ 10, sendo o valor da bebida industrializada de R$ 2.

De acordo com os dados da Ampaq, para construir um alambique de pequeno porte, com capacidade produtiva de 50 mil litros por ano, são necessários investimentos iniciais próximos a R$ 300 mil. O retorno é obtido em no mínimo em cinco anos.

"O governo precisa dar atenção maior para a produção de cachaça artesanal. O setor além de gerar diversos empregos já tem um mercado consumidor promissor, que pode ser ampliado com preços mais competitivos. Minas Gerais tem como um dos atrativos turístico a cachaça artesanal, o problema é que a grande maioria dos alambiques funciona de forma irregular", avaliou Silva.

Segundo Silva, estão nos planos do governo estadual a retomada do projeto Pro-Cachaça e a redução da alíquota do ICMS de 12% para 6%. ôCaso a alíquota realmente seja reduzida vamos ganhar um fôlego e a procura pela legalização pode ser novamente aumentadaõ, disse Silva.

Mercado concorrido - Há mais de 17 anos produzindo a Cachaça Coluninha, no município de Coluna, na região do Rio Doce, o proprietário da marca, Silvio Garcia de Aguiar, se sente desestimulado a investir na ampliação da produção. Por ano são produzidos cerca de 50 mil litros de Cachaça Coluninha, o mercado atendido pela empresa é o nacional.

O produtor que chegou a comercializar a cachaça artesanal em hipermercados, como o Carrefour e o Extra, atribui a queda na demanda aos preços elevados do produto. A cobrança do IPI fez com que os supermercados citados suspendessem a compra da cachaça devido ao custo elevado com o imposto. Para o empresário, a falta de incentivos dos governos federal e estadual reduz a competitividade do setor e estimula a criação de empresas clandestinas.


O empresário destinava cerca de 25% da produção ao mercado internacional. Porém com a crise financeira mundial em 2009, os embarques foram suspensos. A expectativa do produtor era retomar as exportações em 2010, o que foi inviabilizado pela valorização do real frente à moeda norte-americana. As negociações com o mercado internacional são consideradas mais vantajosas por Aguiar, já que a cachaça de alambique fica livre das cobranças de IPI e ICMS.

"A cachaça artesanal é um produto tradicional e característico de Minas. Em outros estados onde o produto não é tão característico, como na Bahia, o governo vem estimulando a produção e as empresas de cachaça artesanal estão adquirindo competitividade e ocupando uma parcela cada vez maior no mercado. O que falta em Minas é uma política mais efetiva para desenvolver a competitividade e atrair fornecedores de insumos, como garrafas", disse Aguiar. (Fonte: Diário do Comércio)

IMA certifica 151 alambiques em Minas

O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) concluiu a certificação de 151 produtores de cachaça de alambique em 2010. Até o fim de 2008, apenas 10 produtores tinham o selo e 54 estavam em processo de certificação. Em 2009, já chegavam a 107 produtores.

O programa de certificação de produtos agropecuários e agroindustriais do IMA é voltado para produtores de cachaça produzida artesanalmente, com fermento natural e destilada em alambique de cobre. A certificação é de adesão voluntária e o interessado em participar deve procurar um dos escritórios do instituto para receber as orientações necessárias.

No momento de requerer a certificação, o produtor pode optar por três sistemas produtivos da cana: o sistema orgânico, o sem agrotóxicos e o sistema tradicional. No primeiro, a cana deve ser cultivada sem agrotóxico e adubo químico. No segundo, não pode haver aplicação de agrotóxicos e o uso do adubo químico é permitido. E no tradicional é permitido o uso de agrotóxicos e adubos químicos indicados para a cultura, dentro dos parâmetros agronômicos prescritos. Das 151 cachaçarias certificadas, 18 optaram pelo sistema orgânico, duas pelo sistema sem agrotóxico e as demais pelo sistema convencional.

O diretor-geral do IMA, Altino Rodrigues Neto, explicou a importância de ter um produto certificado. "O programa de certificação de cachaça facilita a entrada da bebida em novos mercados, aumenta a competitividade dos produtores, garante sua qualidade e propicia boas opções aos consumidores", afirmou.

As cachaçarias são certificadas segundo o processo de produção e fabricação usado, atendendo para os procedimentos de boas práticas de produção, adequação social e responsabilidade ambiental. Os estabelecimentos passam a ter o direito de uso do certificado, da marca de conformidade e dos selos de certificação oficiais do Estado de Minas Gerais, que são adesivados nas garrafas.

Em 2009, o IMA alcançou a condição de Organismo Certificador de Produto (OCP), com chancela do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro). A conquista representa o reconhecimento da competência técnica da instituição para certificar cachaças industriais e artesanais. Essa acreditação possibilitou que o IMA certificasse, em 2010, nove marcas de cachaça, com 100% de avaliação de conformidade. (Fonte: Diário do Comércio)